"Meu livro e meu diário interferem um noutro constantemente. Eu não consigo separá-los. Nem consiliá-los. Sou uma traidora com ambos. Sou mais leal ao diário, porém colocarei páginas do me diário no livo, mas, nunca páginas do meu livro no diário, demonstrando uma fidelidade humana à autenticidade humana do diário" ANAIS NÏN

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pensamentos fragmentados sobre a condição do sexo


No ato não há o esforço de lidar como desejo, mas de alimentar uma aura narcísica de: eusouofoda.com.br Isso vale para homens e mulheres. É a potência. É o poder sobre o prazer do Outro. Ele só goza pq Eu quero, Eu faço. É a potência do controle sobre a libido do Outro. O que acontece quando o jogo se inverte? Quando de objto narcísico, o Outro passa a ser uma escolha objetal? Explico: quando o Outro pára de me refletir, de ser objeto do meu investimento em mim. Quando este Outro passa a existir e o Eu se defronta com o mistério, com o infinito. É o risco real do envolvimento e do não controle sobre si. É o momento em que a razão (pensamento de racionalização, explicação pormenorizadas dos acontecimentos) tenta barrar o momento erótico de fato. Toda esta balela não seria mais uma vez uma fantasia cheia de plumas e paetês? Isto que revela que o Eu atormentado pela cobrança de não ter culpa, de ser infalível. Tudo o que antes era moralizante e que agora tem quase uma obrigação de ser não-moralizante. Banais. Não há lugar para lamúrias. Não há sequer espaço. Sempre no Outro tenho que me inventar. É a luta por uma (in)existência cada vez mais alucinada e solitária. Ocupa-se um lugar virtual na minha Imagem em Ação. Quando se quebra a performance? Quando se passa a ser realmente erótico? Será que em algum momento aprendemos a fazer o "tal" amor? E é esta mesma a materialização do amor?

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