"Meu livro e meu diário interferem um noutro constantemente. Eu não consigo separá-los. Nem consiliá-los. Sou uma traidora com ambos. Sou mais leal ao diário, porém colocarei páginas do me diário no livo, mas, nunca páginas do meu livro no diário, demonstrando uma fidelidade humana à autenticidade humana do diário" ANAIS NÏN

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Meus amigos e o sol nostalgico da manhã

Numa manhã de sol preguiçoso. A saudade das pessoas que amo aperta meu peito. A solidão na cidade grande me inquieta. Me tira o sono. Tudo anda frio. Vou para o interior. Para o quente. Não apenas para o interior do estado, mas vou para o interior de mim mesma. Enfrentar a tempestade que se faz em mim. É no abraço quente de pessoas que estão lá, funcionando como bussulas, barometros, rádios que reencontrarei meu prumo. Não nego que meu grande leme, está aqui. O abraço mais verdadeiro, a pessoa que mais sei que me ama de forma incondicional e que eu a amo assim. Mesmo na mesma cidade, sintimos falta uma da outra. Sua simples existência já me traz um pouco de paz. A pessoa que mais conhece a minha alma, e que mais conheço a sua. Conto com sua amizade para me nortear seja nos momentos mais felizes, assim como nos momentos mais tristes. É uma pessoa rara. Mas as pessoas que me esperam para onde vou, também são raras e preciosas. Demorei um pouco para ama-las. Hoje as amo sem fronteiras. A cada abraço de retorno meu, sinto aos poucos a minha conexão com algo maior. O amor não é apenas o romantico, entre dois amantes. Nestas pessoas que me refiro, em minhas bussulas, barometros, rádios... está o entendimento de que o barco sozinho não é nada. Por mais que eu seja uma a navegar, que a minha existencia seja solitária. Seria uma jangada e não um barco sem meus amigos.

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