"Meu livro e meu diário interferem um noutro constantemente. Eu não consigo separá-los. Nem consiliá-los. Sou uma traidora com ambos. Sou mais leal ao diário, porém colocarei páginas do me diário no livo, mas, nunca páginas do meu livro no diário, demonstrando uma fidelidade humana à autenticidade humana do diário" ANAIS NÏN

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Crenças

Quem irá se deitar no chão por nós? Quem seria capaz de dar sustentação? eu? você?
Como se fomos capazes de tantas coisas?
Será mesmo necessária a salvação cristã? precisamos tanto ir parao céu? ficar almejando um susposto paraíso tedioso em que nada acontece senão a redundância, eternidade eterna?
Não é fácil. Mas também não é dificil. Impossível? Tampouco.
O amor é uma coisa distraída, quase impotente. O que o amor quer, não pede. Já não há obrigação, por isso é grandioso.
Constroi-se peça a peça, acontecimento por acontecimento que faz uma história. História esta cheia de tramas e enredos, pequenas complicações que geram a emoção, o frio na barriga.
É algo que sempre acontece, mas com seus mitemas e mitologemas (re)organizados, é a explicação que consigo dar ao amor.
Algumas vezes só uma quase morte ou uma morte simbólica inteira para que os sentimentos se despertem, que faz alvorocer os afetos. Amar a si, amar o Outro, amar a trajetória. Nada prova o amor em si, quem sabe o amor para si. Só não vale cair nas armadilhas matreiras do erros vulgares dos louvores aos defuntos. É o cúmulo do desnecessário, do desinteressante. Por mais que a curiosidade mórbida assole os pensamentos. Esta curiosidade é a reforçadora do "ele não é para mim". Tudo deve ser ao contrário.
O movimento deve ser de reconhecimento da superioridade da benevolência e serenidade.
É preciso que alguém tenha a palavra inicial, certa e segura, que contenha, amapare. Senão as escusas racionais baseadas nos fatos levantados pela curiosidade mórbida mais as fantasias destruídoras irão sucessivamente uma substituindo a outra, quase que automaticamente. è o mecanismo perverso que faz com que os sonhos não sobrevivam aos testes de realidade.
Eis o agradecimento de uma atriz, roteirista e diretora que toma sua própria vida em talagadas diárias. E que não deixa de acreditar.

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